Eu sinto o vento
E eu vejo o tempo passar
Eu ouço vozes que falam
Que a minha vez vai chegar

Eu vi o tempo acabar
Junto com o sol a se por
Eu vi a chance passar
Eu senti um prenuncio de dor

Eu vi
Eu senti
Eu sofri

Eu vi o sol nascer
Eu vi a chuva cair
Eu vi no chão florescer
A esperança que havia pra mim.

Eu vi quando a porta bateu
ao mesmo tempo que a janela se abriu
Eu vi a lagrima a descer
e vi quando a boca sorriu.

Eu vi
O paradoxal
Eu senti
Uma dor infernal
Eu sofri
No sentimental
Eu vivi
Para contar o final.

Não devo, não penso, não faço.
Não quero, não posso, não falo.
O que quero não lhe interessa,
o que penso, não lhe atrapalha.

O que planejo, planejo as minhas custas,
se me falta, apenas a mim falta.
Meus interesses são meus e mais nada.

Atenha-se a sua insignificancia,
Se me ver, atravesse a rua dos seus pensamentos,
não me trisque, não me peça, não me queira.
Cresça. Já não estamos nos tempos de infancia.

Não esqueça que não lhe devo explicação,
Se me odeias o problema e seu e não me importa,
Se me amas, menos mal, mas ainda sim
Que paga minhas contas não é voce... coração.