Um pão, um circo e uma radiante e temporária luz verde e amarela.

Assim como aconteceu no Egito, houve na antiga Roma um crescimento exagerado da população. O Imperador, que temia uma rebelião do povo, tratou prontamente de criar uma “bolsa pão e circo” que consistia em distribuir comida, enquanto a população se distraía assistindo uma leve carnificina nos maracanãs da vida, o mais famoso deles foi o Coliseu. O povo além de se distrair e se “alimentar”, esquecia-se dos problemas e de, principalmente, organizar uma rebelião. Plano perfeito!

O plano foi tão perfeito que os políticos contemporâneos resolveram adotar essa bolsa, digo, política, nas terras tupiniquins.

Mas mudando, não tão drasticamente, de assunto...

Como é lindo ver o nosso populoso povo unido e empenhado em ornamentar suas ruas de verde e amarelo, em movimentar o mercado com motivos patriotas e vestir com orgulho a camisa da seleção e bater no peito, dizendo: Sou João da Silva, BRASILEIRO! (e também brahmeiro.)

Infelizmente a maioria só faz isso de quatro em quatro anos. Tempo em que se compram novas camisas da seleção, pois as que se tinha da copa anterior foram devoradas por traças famintas sem pátria, por falta de uso.

Em outras palavras, chegou a tão esperada copa do mundo!

Tudo é maravilhoso, tudo é perfeito, o Brasil finalmente está em primeiro lugar em uma lista que não é de alguma coisa ruim... Os problemas acabaram!

Seria coincidência com a política do pão e circo? O fato de esquecer-se dos problemas, estádios...? Deve ser implicância minha.

Mas é impressão minha ou tem alguma coisa haver o fato das eleições para presidente e outros, coincidirem em ser, também, de quatro em quatros anos, com a copa do mundo?

Acho que estou ficando neurótica é melhor acabar por aqui e me distrair com algum jogo...